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Editorial – Um março inteiro de lutas

Rio de Janeiro – “A nossa luta é todo dia” a máxima nunca fez tanto sentido quanto nesse mês de março. O Dia Internacional da Mulher (08), o marco de 01 ano da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes (14) e o Dia Internacional contra a Discriminação Racial (21) costuraram o mês inteiro de lutas por equidade racial e de gênero e por justiça. O “Notícias & Análises” deste mês joga luz e aprofunda o debate a partir das pautas que ecoaram das ruas, becos e vielas ao redor do mundo.

Apesar de não carregar o “Internacional” no nome como as outras datas, a indignação com o crime, a impunidade e a demora das autoridades brasileiras na resolução do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ganhou proporções mundiais. No artigo “Um ano sem Marielle e Anderson”, a diretora do eixo de Direito à Vida e Segurança Pública do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, se une às vozes que cobram do Estado brasileiro respostas para perguntas fundamentais sobre este “bárbaro crime político que representa um atentado à Democracia”.

As atividades que tomaram as ruas do Rio de Janeiro no dia 14 de março também eram parte da programação da agenda da campanha “21 dias de ativismo contra o racismo” que é o tema da reportagem “21 dias contra o racismo”. O objetivo da campanha é, a partir do Dia Internacional contra a Discriminação Racial, ampliar o debate sobre o racismo que estrutura todas as relações na sociedade brasileira para além dos meses de maio e novembro. Na Arena Carioca Dicró – equipamento cultural público que Observatório de Favelas realiza a gestão – duas atividades fizeram parte da agenda: a peça “Encruzilhadas” e a terceira edição do programa “Mulheres Protagonistas”.

E é sobre protagonismo feminino a reportagem que encerra o “Notícias & Análises” deste mês. “O que é ser mulher no Brasil de hoje?” provoca cinco mulheres com trajetórias diversas a refletirem sobre a sua condição de mulher no país que, segundo o Atlas da Violência 2018, são registradas 13 mortes violentas de mulheres por dia. Apesar dos números alarmantes, mulheres periféricas, negras, lésbicas, transexuais e gordas reinventam diariamente a vida na cidade.

Esta edição do “Notícias & Análises” é acima de tudo sobre democracia. Amplificar as vozes que ecoam das lutas populares por direitos é um exercício fundamental de toda e qualquer organização comprometida com um processo revolucionário. Seguimos sabendo de que lado estamos: o lado das mulheres, LGBTs, negros e favelados. O lado dos que não se conformam. Boa leitura!

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