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Mais para juventude: direitos, arte e vida!

Foto de capa: AF Rodrigues

Este é um boletim totalmente dedicado à juventude e, por essa razão, para todos os adultos e idosos do amanhã. O investimento na juventude é uma ação para todos os tempos, com força para os dias atuais e com potência para construir futuros melhores. Esse investimento é sempre importante para a humanização, democratização e ampliação da convivência em nossa sociedade, em todos os seus aspectos.

 

Nesse mês de maio destacamos alguns acontecimentos e símbolos fundamentais que possam contribuir para jovens com mais vida e direitos. Estamos em um momento político do país no qual os adultos, os jovens de ontem, pretendem subtrair dois anos da juventude. Justamente o tempo em que o jovem está na fase mais importante de sua formação. A responsabilidade do Estado com a criança e com o adolescente, não é a mesma do Estado com o adulto, nem com o idoso.

 

Quando se formula políticas para a juventude é necessário pensar no presente e no futuro, pois, o jovem de hoje é o adulto de amanhã. Que tipo de adulto formaremos retirando dois anos da juventude? Retirar dois anos significa inclusive uma redução de investimentos em políticas para a juventude, ou seja, consideramos que já há investimento suficiente? Será mesmo que os adultos estão abrindo mão da condução da sociedade e repassando para os jovens? Não é possível que os que possuem predominantemente o poder considerem a violência seja fruto dos que são minoritários na condução do poder político. Há violência de sobra em nossa sociedade e a responsabilidade disso é dos adultos e não da juventude.

 

Cabe aos adultos elaborar políticas que diminuam a violência e reforcem a cultura de direitos na juventude. Se a responsabilidade, portanto, é dos adultos, por que diminuir dois anos da juventude? Por que ampliar o tempo de punição daqueles que não são os principais responsáveis? Punição já é coisa do passado, não tem nada de contemporâneo, ainda mais punir quem precisa da formulação de políticas públicas de qualidade. Muito precisa ser mudado na realidade que temos, mas as mudanças necessárias são: mais políticas para juventude com investimentos que diminuam as desigualdades, ampliem a formação educacional, organizem a presença no mundo do trabalho e reforcem a formação dos adultos do amanhã. Assim diminuiremos a violência.

 

Nesse sentido, a matéria sobre o lançamento da Campanha Jovem Negro na Maré ressalta que o futuro da juventude é viver . Sobretudo a juventude negra, pobre, das periferias e favelas, o grupo que mais morre pela violência letal por armas de fogo, como consta no Mapa da Violência de 2015. É essa desigualdade mórbida que precisa ser imediatamente superada em nosso país. Por isso é tão importante campanhas como Juventude Marcada para Viver realizada em 2013, realizada pela ESPOCC e a campanha atual Jovem Negro Vivo da Anistia Internacional. O artigo apresentado chama atenção para uma importante mobilização territorial para que os próprios jovens, negros, pobres de favelas, na Maré, assumam o protagonismo das conquistas. Potencializar o que a juventude já vem fazendo é um dos grandes desafios colocados para todos nós.

 

Lembrar que os jovens dos 15 até completarem 18 anos são menores de idade e os jovens com 18 anos completo até aos 29 são maiores, é uma boa indicação para o momento. Essa lembrança é fundamental, pois a maioridade civil ocorre durante a juventude e modifica a forma como o Estado deve investir na juventude. Isso não é uma questão qualquer.

 

Além disso, entre os dias 22 e 24 de maio acontece o Festival de Fotografia Popular do Imagens do Povo, projeto do Observatório de Favelas. O banho de arte que potencializará a cultura popular, com o olhar comprometido pelos direitos e pela vida, guiará grandes encontros na Maré. A Galeria 535 abre o Festival com a exposição de Kita Pedroza “Em Nome do Sagrado”, apresentada na entrevista com a autora que documentou manifestações religiosas e as vivências dos jovens nos espaços de socioeducação pelo país, uma experiência única de encontro com muitas histórias de vida.


O que se apresenta nesse boletim se combina com os principais desafios que temos pela frente: trabalhar por políticas públicas que façam avançar os direitos da juventude e que ampliem o repertório e redesenhe o futuro. Os adultos de amanhã, futuros condutores da sociedade, também precisam de muito mais, com direitos, arte e vida.

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