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“Não vai ter corte, VAI TER LUTA!”

Pela defesa da Educação Publica como valor radicalmente democrático da sociedade brasileira tão profundamente desigual

Por Isabela Souza (isabela@observatoriodefavelas.org.br)*

Cenas do #15M. Fotos: Francisco Valdean.
Rio de Janeiro – Ontem, 15 de março de 2019, multidões tomaram as ruas de capitais e interiores do Brasil. Em cada pequena cidade onde há uma Universidade ou um Instituto Federal houve protestos pelas declarações e medidas objetivas do atual governo contra instituições públicas de ensino, suas práticas de ensino e pesquisa e seus protagonistas – estudantes e professoras/es.

Juventudes de todas as idades, raças, classes, gêneros e sexualidades se reuniram e tomaram as praças e ruas. Deram uma aula (e um baile!) naquelas/es que nos últimos cinco meses vêm insistindo em considerar menores os investimentos na educação pública e em suas múltiplas atividades. Às classificações de “balbúrdia” e “imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra” a resposta foram atos organizados e que nos educam sobre os sentidos e possibilidades da democracia, ainda que em seus períodos mais sombrios e arriscados e que nos fazem temer nosso futuro.

Na Presidente Vargas, Centro do Rio de Janeiro, as pessoas presentes bradavam palavras de inspiração e coragem, caminhando juntas, ocupando a grande via e algumas das ruas de seu entorno e deixaram óbvio que aprendemos com nossa história (ainda bem que temos boas/bons professoras/es!) e que, independente da conjuntura e dos arranjos institucionais eleitos, está havendo e haverá luta!

O Observatório de Favelas foi fundado por pessoas de origem popular que foram as primeiras de suas famílias a entrarem em Universidades Públicas e há quase 18 anos temos construído experiências, muitas em diálogo contínuo com instituições de ensino e pesquisa, que contribuíram e contribuem para uma cidade e uma sociedade que se constitui para que todas/os as/os suas/seus sujeitas/os sejam plenas/os de direitos, fortalecendo a democracia, com políticas públicas abrangentes, que reconhecem desigualdades e que se propõem a superá-las. Seguiremos nosso trabalho inspiradas/os por tantas/os que, como nós, insistem em realizar, com amorosidade, força, beleza, inventividade e muita persistência!


Cena #15. Créditos foto: Francisco Valdean

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