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Confira a cobertura do evento Percursos Criativos para Culturas de Equidade

Programação reuniu artistas, ativistas, professores, pesquisadores e interessados no compartilhamento de práticas e reflexões da equidade

Galpão Bela Maré

De 07 a 09 de maio o Rio de Janeiro foi sede do primeiro encontro do GlobalGRACE no país, o evento “Percursos Criativos para Culturas de Equidade” aconteceu no Galpão Bela Maré, Zona Norte e PUC-Rio, Zona Sul da cidade. A atividade integra o programa de pesquisa de 51 meses de duração (2018/2021) financiado pelo Global Challenge Research Fund (GCRF/RCUK).

Em pauta no primeiro dia do encontro “O Poder da Curadoria: Reflexões sobre Arte e Política”. A mesa que rolou no Galpão Bela Maré foi mediada por Deyanira Clériga, do Voces Mesoamericanas Acción con Pueblos Migrantes. Reuniu o comunicador e ativista dos direitos indígenas Denilson Baniwa; a pesquisadora e desenvolvedora em arte e cultura Keyna Eleison; o artista visual e curador Ronald Duarte; Jean Carlos Azuos, coordenador Educativo do Galpão Bela Maré e Mariah Rafaela Silva, pesquisadora em gênero, sexualidade, subjetividade e história da arte.

Intelectualidade negra, cultura indígena, violência nos territórios populares e direito à identidade foram alguns dos temas abordados. Os participantes debateram sobre a presença dos corpos periféricos na academia, na arte e na cultura, espaços ainda norteados por grupos que promovem a exclusão e que mudanças estas pessoas têm promovido.

Ronald Duarte, curador da exposição “Metrópole Transcultural” do Galpão Bela Maré comentou a importância de pensar as relações na curadoria. “O espaço de curadoria é de poder. Mas é preciso pensar nesse espaço, como em quem você convida para expor e o por quê você convida.”

Ronald Duarte, curador mostra Metrópole Transcultural

A PUC-RIO recebeu o segundo dia de programação, cujo o tema foi “Violências de Estado: Resistência e Potência das Periferias”. A mesa contou com a mediação de Mohara Valle, coordenador de comunicação do Promundo-Brasil, e participações de Jose Manuel Valenzuela; Professor pesquisador do Departamento de Estudos Culturais da universidade mexicana El Colef – El Colegio de la Frontera Norte; Luciano Ramos, Coordenador de Projetos do Promundo-Brasil; Pablo Ares, Iconoclasistas (Duo argentino de mapeamento coletivo itinerante); Raquel Willadino, Diretora do Observatório de Favelas; Shyrlei Rosendo, integrante do Fórum BASTA DE VIOLÊNCIA Outra Maré é Possível e Tiago Tosh, artista plástico.

A diretora do Observatório de Favelas Raquel Willadino, comentou sobre o enfrentamento de violência por famílias vitimadas pelo Estado e citou o trabalho Juventude Marcada para Viver desenvolvido no OF. Ela também contou sobre uma parceria estabelecida com a Colômbia.

Raquel diz que ainda colhe os frutos do projeto de 2013. “A imagem reverbera até hoje em debates sobre homicídios de adolescentes e jovens. E a partir disso, em 2016 nós começamos a fazer um mapeamento de experiências e incidência de violências nos territórios locais”, completou.

“Nesse percursos a gente teve uma aproximação com uma organização da Colômbia, em Medellín. Nós pensamos juntos em uma ação que está em foco nesse ano, é feita a partir da escuta dos familiares e dos amigos das vítimas de homicídios”, finalizou Raquel Willadino.

Raquel Willadino, diretora do Observatório de Favelas

A mesa “Movimentos, fronteiras e diásporas: práticas de re/construção de memória” encerrou o último dia de agenda e aconteceu no Bela Maré. Marcaram presença Aldo Jorge León, do Voces Mesoamericanas, mediador; Giselle Florentino e Fernanda Nunes, representantes do Fórum Grita Baixada – Direito à Memória e
Justiça Racial; Thalyta Sousa, do Cinema Nosso; MC Martina, produtora cultural e poeta do coletivo Poetas Favelados; Lívia Vidal, integrante do coletivo de audiovisual Mulheres de Pedra; Wallace Lino, ator e fundador da Cia Marginal.

Realizado pela primeira vez no Brasil, o evento “Percursos Criativos para Culturas de Equidade” faz parte do Encontro de Parcerias e Trocas (EPT), que acontece anualmente em um dos seis países parceiros da iniciativa GlobalGRACE. O evento é co-organizado pelas equipes GlobalGRACE do Brasil – composta por Promundo-Brasil, Instituto Maria e João Aleixo, Observatório de Favelas do Rio de Janeiro e Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio – e do México – composta por Voces Mesoamericanas e Universidade Nacional Autônoma de Chiapas. No encerramento a agenda contou com roda de samba do grupo Negras Raízes.

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