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Construção coletiva de programa para a juventude

Por Silvana Bahia (silvana@observatoriodefavelas.org.br)

Foto de Capa: Davi Marcos/Observatório de Favelas

Durante dois dias, sexta e sábado, (04 e 05 de abril) o Observatório de Favelas recebeu em sua sede os parceiros da ICCOno Brasil para um encontro sobre a construção de um programa com foco na juventude brasileira. Os representantes das organizações presentes fazem parte de diferentes regiões do país e todos desenvolvem ações com jovens, são elas: ICCO, Observatório de Favelas, CEDECA EMAÚS, CEDECA CEARÁ, MST-SE, Unicafes Bahia, ANCED e CESE.

Encontro com parceiros de diferentes estados do Brasil. Foto: Davi Marcos/Observatório de Favelas

O objetivo é a realização de um programa coletivo que aborde questões sobre a juventude brasileira tanto urbana quanto do campo. Para isso, a pluralidade dos trabalhos desenvolvidos pelas organizações é central, pois possibilita articular diferentes abordagens e metodologias. Nessa perspectiva, o encontro buscou potencializar a troca de experiências, identificar pontos convergentes e avançar na definição das questões centrais para a elaboração desse programa.

Marcel Madureira, oficial de programa de desenvolvimento econômico justo da ICCO, acredita que a construção coletiva de um programa com foco na juventude permitirá que as ações e atividades propostas partam de temas que são centrais para o segmento. “O trabalho coletivo é um pouco mais difícil e demorado porque temos que juntar todas as pessoas com diferentes cabeças, mas permite que consigamos desenvolver uma proposta de trabalho mais legitima porque estamos partindo do que os parceiros querem desenvolver. Além disso, a gente consegue ter uma co-responsabilidade entre todos. Creio que assim seja mais democrático porque todos participam, todos definem em conjunto o que é e o que não é, assim a gente cria uma forma mais dinâmica de construção do programa”, ponderou Madureira que também comentou a previsão de lançamento do programa para o segundo semestre de 2014.

A coordenadora do programa do CESE de equidade racial, Rosane Fernandes comentou que a iniciativa é importante e fundamental para o momento que o Brasil atravessa. “Quando a gente vê a juventude na rua assumindo suas bandeiras de lutas específicas, é fundamental que as organizações que têm apoiado e investido nas transformações desse Brasil, se articulem e se unifiquem para fortalecer essa luta. Particularmente, me deixa contente quando a gente se debruça para  o enfrentamento da questão da violência, das desigualdades raciais e de gênero. A gente sempre tem que ter esse olhar porque não é possível que a gente discuta sem perceber quem é esse jovem, ele tem rosto, ele tem cor, classe e gênero”, afirmou Rosane Fernandes.

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Organização do eixos que nortearam o programa. Foto: Davi Marcos/Observatório de Favelas

Um dos jovens participantes do encontro é Givaldo Souza, Diretor de Juventude Unicafes Bahia. Para ele a forma que o programa está sendo criado é uma grande oportunidade de potencializar as iniciativas que a juventude já está protagonizando na base, e também para fomentar estratégias para a organização da juventude em prol do seu empoderamento tanto social quanto político e econômico. “vejo como uma parceria ímpar pelo formato que está sendo desenhado, e as perspectivas na ponta o quanto a juventude preciso de iniciativas como essa que fortaleçam suas bandeiras a partir da ótica da juventude. E, também, como uma nova dimensão de trabalho com o jovem, que é colocado como sujeito da ação, como parte da solução, não só como alvo, mas também como construtor, que opina, critica e que propõem”.

Em novembro do ano passado houve um primeiro encontro que resultou num intercâmbio conceitual e metodológico, com encaminhamentos para a definição dos eixos estratégicos que vão nortear o programa. Hoje, o desafio é retomar e sintetizar esses eixos através de uma construção coletiva reforçando a afirmação de direitos dos jovens. Até o momento, os eixos estabelecidos são: enfrentamento da violência, das desigualdades raciais e de gênero; desenvolvimento local e empreendedorismo juvenil e desenvolvimento institucional.

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