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O sopro da Escola Fala Brasil para passear nas estações do conhecimento

Por Eduardo Alves (edu@observatoriodefavelas.org.br)

Em agosto de 2017, na Maré, o Instituto Maria e João Aleixo (IMJA), em parceria com o Observatório de Favelas e a Redes da Maré, iniciará o primeiro curso internacional de conhecimento com a pedagogia da potência das periferias. Várias estações serão percorridas, para construir o conhecimento, em escalas que atravessam tempo e localidades, e têm nas periferias a pedra angular desse processo.

A inventividade desse processo está exposta com a arrumação revolucionária e contemporânea das letras: “um modo de formação para os educandos e educadores que supere papéis tradicionalizados e hierarquizados, característicos dos sistemas universitários formais, assim como o da transmissão de conhecimento típica da escolarização do pensamento. Inventar conhecimentos ao compartilhar saberes é a intenção maior da proposta de formação que abraçaremos em nosso (per)curso, enfatizando metodologias que evidenciam a pluralidade de vivências sensíveis de formação compartilhada, sobretudo considerando a própria composição dos participantes”.

Serão 30 participantes, artesãs e artesãos da vida com dignidade, nas variações múltiplas das periferias, como território do corpo revolucionário nos tempos atuais, enlaçando-se na produção de conhecimento novo. Um impulso motivador para esse processo plainar, caminhar e desenhar, em sons, letras e novas composições, é a parceria com a Escola Fala Brasil. O encontro entusiasmante da escola com o Observatório de Favelas e com o Instituto IMJA, emitiu um sopro, com a potência criativa necessária, para impulsionar, com mais diálogos, compreensão e interação criativa, os percursos nas estações do conhecimento que o curso cerzirá em seu processo.

Nesse passeio inicial realizado pelo IMJA, o primeiro curso, haverá seis estrangeiros do Brasil, mas três pessoas da América Latina são estrangeiras, não só do nosso país, mas da língua portuguesa. Assim, a Escola Fala Brasil se apresentou, com a mesma chuva de inventividade do processo, ambientando e talhando a língua portuguesa com esses três corpos potentes que chegarão na Maré, em agosto, para o início do curso.

Usando bem os novos canais do século XXI, os encontros, assim ditos como aulas, iniciaram online. A língua e toda a linguagem decorada, do português brasileiro, ganhou formas de músicas, histórias, culturas, atividades artísticas e das ações humanas nos territórios de periferias. Territórios assim conceituados pelas pessoas que assim os compõem, pelas criações, pulsões, ações, motivações que tais personagens centrais das contemporâneas cenas das cidades bordam no seu existir. E a Escola se apresentou com dinamismo e excelência, bordando esse conhecimento de aproximação para ampliar a curiosidade e disposição por novos conhecimentos de transformações por direitos.

À parte isso, temos em nós todos os sonhos do mundo (parafraseando o grande poeta português) e o Observatório de Favelas, e o Instituto Maria e João Aleixo, são convictos que tal processo produzirá encontros perenes e potentes. Chegarão na Maré com força de criação para encontros motivadores para novas esteiras dos sentidos, das teorias, dos conceitos e dos conhecimentos humanos. Haverá novas aulas aqui na Maré, mas já com ambientações com a língua “brasileira” e as linguagens culturais para que todos e todas se formem no processo maiores do que chegaram. Essa presença da Escola Fala Brasil, que está só iniciando a caminhada ao nosso lado, assume localidade fundamental para que tal percurso seja pleno, em todas os seus aspectos. Então, vamos nessa: Fala Brasil!

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